A leitura começa aos acordes de "La nave va", parceria com Firmo Cardoso
A Berlinda atravessou de
Friedenau, onde estou morando, até Potsdamer Platz, onde fica o
Ibero-Amerikanisches Institut, enfrentando um frio de menos 14 graus para a
primeira noite de apresentação, em Berlim. E foi uma noite especial pelo reencontro
com antigos amigos daqui e que vieram de outras partes da Alemanha para a
leitura do romance, na sala Simon Bolivar. E a Berlinda enfrentou neve e lama
do inverno europeu, rangendo as rodas, sem se importar com as intempéries,
nesta primeira aventura em Berlim, depois de ter sido apresentada em Belém,
durante o seu lançamento, no Teatro Gasômetro, em novembro do ano passado. Em Berlim, além do livro, foram apresentadas músicas da trilha musical do romance e o clipe do áudiovisual do samba-enredo "Derruba o muro, mistura tudo e que Deus nos acuda", feito em parceria com Pedrinho Cavalléro e cantado por Carlinhos Sabiá que fecha o último capítulo do romance, e que foi dirigido pela jornalista Adelaide Oliveira, com edição geral do Sávio Palheta, pela rede Cultura de Televisão.
Aqui, inesperados e surpresas.
Agora guardo no coração e na
memória dois momentos especiais sob o signo do inesperado. A travessia deu-se
de forma tão rápida no tempo, que ainda fico meio bobão de ver que depois de
chegar ao público, o romance vive a sua própria aventura, tornou realidade a
sua trajetória ficcional quando começou a surgir na minha cabeça até chegar à
impressão.
Lembro-me do dia em que vi ‘Berlinda
– asas para o fim do mundo’ na vitrine de uma livraria em Belém e da sensação
esquisita que me assaltou ao pressentir que o livro não era mais meu e que
seguiria o seu caminho. Espero que tenha vida longa.
A próxima apresentação será no
Lateinamerika Institut da Universidade Livre de Berlim, na sexta-feira, dia 31. Terei uma plateia de estudantes, professores e convidados. A mediação será feita pelo professor Gunter Pressler, que está ministrando um seminário de inverno de literatura brasileira, com foco em autores da Amazônia e que também participou da leitura no Instituto Iberoamericano.
Depois faço um relato mais completo
do que está sendo a viagem da Berlinda neste diário virtual. Coloco algumas
fotografias da noite do Ibero.
Professor Gunter Pressler, mediador da leitura no Ibero.
Ao fundo, retrato de Simon Bolivar que dá nome à sala.
Encontro com Adriane Queiroz, diva da Berliner Staatsoper.
Com o escritor Paul Grote e o jornalista Fridel Teicke, da Zitty
Com Sandra Mezzalira, jornalista brasileira em Berlim.
A produtora cultural brasileira Suely Torres foi à leitura.
Eliana de la Fonatine, do Goethe Institut de Berlim
Rita Hoppe, matou saudades de Belém, onde já morou
Rainer Sauter, pedagogo e amigo muito querido.
Professora Dr. Susanne Klengel, do Lateinamerika Institut.
Paulo Grote e Michael de la Fontaine, que foi do GI de SP.
Professora Martina Schulze, do DAAD, de Bonn
O músico Udo Baingo e Karin Beijaflor
Diana, do Ibero-Amerikanisches Institut recebe livro autografado.
Guillaume e Irmi vieram de Stuttgart. Um belo encontro.
Adriane Queiroz e o marido, o ator João Queiroz,
Comemorando o lançamento da Berlinda, em Potsdamer Platz