Berlinda turbinando, cabeça a mil,
correria pra cá e pra lá, check list, pressão na editora numa chuva de e-mails, telefonemas, mensagens, testes de paciência para o autor e para o Armando Alves Filho, dono da Paka-Tatu, editora que vai lançar "Berlinda - asas para o fim do mundo" e... cansaço. Eu me confundo entre a afoiteza
e a urgência porque sei que o tempo nos prega peças e se a gente se assusta,
melhor é incorporar o Raulzito – para o mundo que eu quero descer.
Penso que todo mundo passa por isso,
pois os ritos de passagem roubam muita energia. E quem foge disso, melhor ficar no trono. Se for
rico pode encontrar uma liteira, mas se for desprovido de dotes tem mais é que
pisar no carvão em brasa.
O dia 11 de novembro tá ali na esquina.
Dá frio na barriga. Quero os amigos por perto, com todo o aconchego. O lançamento
será às seis e meia da tarde, no Teatro Estação Gasômetro, que fica no Parque
da Residência. O lugar é muito bonito e espero
que o tempo seja bom. Pensei no happy
hour literário, nada de mega. Simples e sem muito lenga-lenga. Quero apenas
agradecer a quem for.
Penso na música que pode rolar. Preciso de alguém que dê uma canja. Talvez uma ou duas músicas do CD da trilha sonora do romance que começa a ser produzido ainda em novembro, aos 36 minutos do segundo tempo. Vou fazer na marra, raspando o fundo do tacho, pois não consegui apoio. E, como tenho dito sonhar não custa nada é uma ova!... ou uma pinóia como dizia mi avuela.
Falou em sonho pense logo que ele vai depender de orçamento. Com um pouco de planejamento, acho que até é possível baratear alguns custos sem perder a segurança de que o resultado final vai ser bom. Isso serve para casamento, casa própria e funeral.
No caso do CD com a trilha musical eu
havia deixado de lado o projeto ou sonho, por tempo indeterminado. Mas, como
bem lembra o compositor Johnny Alf, em “Eu e a brisa”, uma das músicas mais
bonitas da minha playlist íntima, a gente precisa contar com o inesperado.
Confesso que sofro de teimosia congênita
se acredito em alguma coisa.
Pois bem, recebi convite para levar o
romance “Berlinda – asas para o fim do mundo” para Berlim, um dos cenários das
histórias contadas por mim. O romance será lido em um evento no dia 31 de
janeiro de 2014. E como é uma noite que será literalmente lítero-musical, os
organizadores esperam que eu leve música. Se não forem todas, levarei o
samba-enredo, o “Samba da Berlinda”, que fiz com o Pedrinho Cavalléro e que vai
ficar du Karajo, me perdoem! Sorry!
Darei mais detalhes depois.
O bom disso tudo é que voltarei para o
segundo round do lançamento, em Belém, no próximo ano, com livro e CD. Quem já tiver o livro, pode comprar a trilha
musical depois.
Fiz uma página com o evento no Facebook.
Quem puder confirmar que vai, pode ter certeza que verá um candidato a escritor
feliz. Não quero votos, quero apenas que a Berlinda seja bem recebida e que
circule até onde possa e que possa inspirar outras pessoas a escrever suas histórias,
que é uma travessia, com calmarias ou temporais, inesquecível.
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